Uma expedição turística para ver os destroços do Titanic a bordo de um submarino desapareceu no Oceano Atlântico no domingo (18). A embarcação tem capacidade para até cinco pessoas.
Até o momento, sabe-se a identidade dos seguintes passageiros:
Shahzada Dawood, empresário paquistanês;
Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês;
Hamish Harding, um bilionário empresário e explorador britânico;
Paul-Henry Nargeolet, também estaria no submarino, segundo o “The Guardian” e a BBC;
Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate.
Stockton Rush é o diretor-executivo e co-fundador da OceanGate, a empresa privada que opera embarcações submersíveis para exploração e turismo em alto-mar, como nos destroços do Titanic. Rush participou do desenvolvimento das embarcações submersíveis da OceanGate, incluindo o Titan, o submarino que desapareceu. Como diretor-executivo, ele é a principal autoridade da empresa para as operações, direção estratégica e parcerias.
Hamish Harding é um bilionário que fundou e atualmente é presidente da Action Aviation, uma empresa especializada em serviços de aviação e aeroespaciais. Ele estudou ciências naturais e engenharia química em Cambridge. Harding é aviador e também paraquedista, possuindo licença de piloto de transporte aéreo, inclusive para jatos. No passado, ele trabalhou em uma empresa de turismo que levava pessoas à Antártica e fez várias viagens ao Polo Sul. No ano passado, ele viajou para o espaço com a empresa Blue Origin, de Jeff Bezos.
Shahzada Dawood é vice-presidente de um dos maiores conglomerados do Paquistão, a Engro Corporation, que possui investimentos em fertilizantes, fabricação de veículos, energia e tecnologias digitais. Ele mora no Reino Unido com sua esposa e dois filhos, sendo que um deles também estava na embarcação.
Paul-Henry Nargeolet é ex-comandante da Marinha Francesa e é considerado o principal especialista no naufrágio do Titanic. O francês também é diretor de pesquisa subaquática de uma empresa que detém os direitos sobre os destroços do Titanic.
A embarcação que desapareceu é chamada Titan e é classificada como um submersível, pois não é autônoma, dependendo de uma plataforma de apoio para ser implantada e retornar. O submarino turístico é uma embarcação que permite aos passageiros conhecerem o mundo debaixo d’água sem precisarem ser mergulhadores ou passarem por treinamento especializado. Geralmente, são menores do que os submarinos militares.
A OceanGate cobra US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro por um lugar em sua expedição para ver os destroços do Titanic, que naufragou em 1912. Na semana passada, a empresa iniciou sua quinta “missão” aos destroços do Titanic, de acordo com a página da empresa na internet. A viagem tinha previsão de durar oito dias e terminaria na próxima quinta-feira.
Para descer até o local dos destroços, que está a uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico, o submersível leva cerca de 2,5 horas.
No início de 2023, um repórter da CBS leu os termos que as pessoas devem assinar antes de embarcar. Entre outras coisas, o texto dizia que a viagem é feita em “um submersível experimental, que não foi aprovado nem certificado por nenhum órgão regulador e pode resultar em danos físicos, psicológicos ou morte”. No entanto, não há informações precisas sobre os termos assinados pelos passageiros do submersível que desapareceu.